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Modelização espacial de territorialidades no estado do Pará Entre a Amazônia dos rios e das estradas

Mourao Moises. 2017. Modelização espacial de territorialidades no estado do Pará Entre a Amazônia dos rios e das estradas. Paris : Université Sorbonne-Nouvelle, 342 p. Thèse de doctorat : Géographie et aménagement urbain : Université Sorbonne-Nouvelle

Thèse
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Titre français : Modélisation spatiale de territorialités dans l'État du Pará: entre l'Amazonie des fleuves et des routes

Encadrement : Théry, Hervé ; Poccard-Chapuis, René

Résumé : Considerando a multidimensionalidade inerente ao conceito de territorialidade e, consequentemente, do território foram conduzidas diferentes análises objetivando modelizar seus processos. Optou-se por uma estrutura de tese baseada em vértices compostos por diferentes eixos. No vértice "classificação" foram conduzidos estudos tendo como base os últimos 25 anos de dados das cadeias de valor no estado do Pará, buscando-se inferir sobre as dimensões horizotal e vertical de agrupamentos geográficos, bem como os arranjos de co-ocorrência desses agrupamentos e suas configurações. O vértice "expressão e propriedades" buscou qualificar informações de desflorestamento e de dinâmica do uso e cobertura da terra visando planos de desenvolvimento regional. Já o vértice "vulnerabilidade" tomou como aferidor as queimadas, buscando estabelecer sua expressão territorial e trajetórias latentes a esse marcador de paisagem, nesse ínterim um protocolo analítico foi proposto. Os seis eixos de todos os vértices constituem-se de artigos independentes, mas com elevada concatenação entre si. Em todos os casos tomou-se como referência bases de dados gratuitas e acessíveis universalmente. Grosso modo, conclui-se que o uso de cadeias de valor, desde que considerada sua diacronia, foi eficiente na inferência dos processos de territorialidade, mesmo que no momento possamos falar de 'domínios' ou 'vínculos' territoriais. Configurações de arranjos de cadeias de valor (fronteira florestal, pós-frente pioneira, várzeas, co-arranjos e cadeias isoladas) indicaram que a teoria das frentes pioneiras, difundida por Pierre Monbeig, como ainda adequada para explicar os processos de territorialização na região. A modelização gráfica por meio de coremas demonstrou ser uma ferramenta útil em estudos dessa natureza. A aplicação de classificação e seu refinamento sob a forma de tipificações e tipologias, a partir de diferentes conjuntos de atributos nas diversas articulações escalares foi eficiente para a emergência de propriedades que podem ser aplicadas em estudos de ordenamento territorial e desenvolvimento regional. No caso do Pará, os marcadores territoriais pósdesflorestamento são a vegetação secundária e as pastagens, em suas formas mais contrastantes de qualificação: pasto limpo e pasto a recuperar. Dada a expressão territorial de vulnerabilidade a queimadas, tem-se uma nova abordagem pabra estudos em ecologia de paisagens, bem como para definição de padrões de usos e coberturas da terra associados e outras métricas em diferentes condições de desenvolvimento regional, como foi o caso das fronteiras avaliadas. A aplicação de modelização em estudos de Geografia regional demonstrou a possibilidade de novas frentes de atuação dessa abordagem.

Résumé (autre langue) : En considérant le caractère multidimensionnel inhérent au concept de territorialité et, en conséquence, de celui de territoire, on a entrepris différentes analyses avec l'objectif de modéliser ses processus. On a opté pour une structure de thèse fondée sur des sommets composés de différents axes. Au sommet "classification" ont été menées des études s'appuyant sur des données relatives aux 25 dernières années des chaînes de valeur dans l'État du Pará, en cherchant à inférer les dimensions horizontale et verticale de clusters géographiques, ainsi que les arrangements de cooccurrence de ces groupements et de leurs configurations. Le sommet "expression et propriétés" a cherché à qualifier des informations sur la déforestation et la dynamique d'usage et couverture du sol, ayant en vue les plans de développement régional. Tandis que le sommet "vulnérabilité" a pris comme vérificateur les brûlis, en tâchant d'établir son expression territoriale et les trajectoires latentes de ce marqueur de paysage, entre-temps on a proposé un protocole analytique. Les six axes de tous les sommets constituent des articles indépendants, mais étroitement articulés. Dans tous les cas, on a adopté comme référence des bases de données gratuites et universellement accessibles. Grosso modo, on a conclu que l'utilisation des chaînes de valeur, à condition de considérer sa diachronie, a été efficace pour inférer les processus de territorialité, même si en ce moment on peut parler de "domaines" ou de "liens" territoriaux. Des configurations d'arrangements de chaînes de valeur (frontière forestière, post-front pionnier, várzeas, co-arrangements et chaînes isolées) ont montré que la théorie des fronts pionniers, diffusée par Pierre Monbeig, était toujours appropriée pour expliquer les processus de territorialisation dans la région. La modélisation graphique par l'intermédiaire de chorèmes s'est montrée un outil utile pour des études de cette nature. L'application de la classification et son perfectionnement sous la forme de typifications et de typologies, à partir de différents ensembles d'attributs dans leurs diverses articulations en échelle a été efficace pour l'émergence de propriétés passibles d'être appliquées dans des études d'aménagement territoriale et de développement régional. Dans le cas de l'État du Pará, les marqueurs territoriaux post-déforestation sont la végétation secondaire et les pâturages, dans ses formes les plus contrastantes de qualification: pâturage propre et pâturage à récupérer. Vue l'expression territoriale de vulnérabilité aux brûlis, on dispose d'une nouvelle approche pour des études en Écologie des paysages, ainsi que pour la définition de patterns d'usage et de couverture du sol associés à d'autres métriques dans différentes conditions de développement régional, comme ça a été le cas des frontières évaluées. L'application de la modélisation aux études de Géographie régionale a démontré le potentiel de cette approche pour l'ouverture de nouveaux fronts de travail.

Mots-clés Agrovoc : territoire, aménagement du territoire, géographie, modélisation environnementale, modèle de simulation, déboisement, banque de données, paysage

Mots-clés géographiques Agrovoc : Para, Amazonie, Brésil

Mots-clés complémentaires : Développement territorial, Front pionnier

Mots-clés libres : Territoire, Développement régional, Cluster géographique

Classification Agris : B10 - Géographie
P01 - Conservation de la nature et ressources foncières
U10 - Informatique, mathématiques et statistiques
E14 - Économie et politique du développement

Champ stratégique Cirad : Axe 6 (2014-2018) - Sociétés, natures et territoires

Auteurs et affiliations

  • Mourao Moises, CIRAD-ES-UMR SELMET (FRA)

Source : Cirad-Agritrop (https://agritrop.cirad.fr/589840/)

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